O amor não enxerga o outro a luz do seu egoísmo, visando somente seus interesses pessoais, não olhando somente para si mesmo como se o mundo todo girasse ao seu redor, querendo manter sua relação com o outro à base de seus interesses, ou dando algo, na expectativa do retorno, indo ainda mais além, fazendo cobranças de reciprocidade, porém segue a lógica do evangelho de Cristo, de que dar é melhor que receber.O amor verdadeiro é aquele que considera a realidade da existência do outro em sua unicidade, como ser único, distinto de si, que tem o seu valor e singularidade a ser compreendido, valorizado e respeitado em sua diferente forma de ser, que como si próprio tem a mesma necessidade de ser amado, compreendido e aceito. Compreende que o próximo também como ele mesmo, enfrenta os mesmos conflitos, compartilha de igual forma dos momentos adversos de alegria e tristeza, estando sujeito às mesmas fraquezas e limitações. O amor enxerga o valor de outrem, sendo tolerante e compreensível para com o objeto de seu afeto. Quem ama sabe conviver com as diferenças, pois percebe que o valor que ainda não existe virá ainda a existir, pois enxerga que nada somos, mas que somos um constante vir a ser.
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