quarta-feira, 28 de maio de 2008

Critica de Frankl a Teoria do Prazer de Freud

Para Freud, o amor era apenas sexualidade desviada de seu fim, uma mera sublimação do instinto sexual. Mas para Viktor Frankl o reducionismo de Freud não tinha fundamento numa pesquisa empírica, sem observar, contudo o fenômeno numa perspectiva da individualidade humana. Ou seja, o reducionismo freudiano transformava o fenômeno do amor num epifenômeno.Frankl foi mais além do que define a psicanálise, buscando um sentido para esse fenômeno na antropologia. O amor é capaz de fazer o homem auto-transcender na direção de um sentido para sua vida. O amor o faz o homem superar todos os obstáculos a sua frente no sentido de ser completado no encontro da pessoa amada. Quem ama ver a pessoa amada num prisma de originalidade e singularidade pessoal, e não apenas como um mero individuo entre muitos, mas como um ser indivisível e único. Esse conceito é confirmado empiricamente. É a experiência pessoal e individual que o melhor define ou o compreende.O reducionismo freudiano desumaniza a sexualidade, devalorizando-a. Não levando em conta que a relação sexual é um meio de expressão para um relacionamento amoroso. Quem ama se relaciona com um individuo, pois a troca constante de parceiros seria uma expressão de negação desse amor. O amor busca um relacionamento estável baseado numa parceria, companheirismo, reciprocidade e bem estar comum. A o contrario disto, haveria uma diminuição do prazer, com a despersonalização do amor. Frankl afirma que sua experiência clinica, o fez chegar à conclusão de que a desumanização do amor, seria como um ato de “matar o amor” e sua conseqüência pode provocar frigidez ou impotência sexual.Para Frankl “A sexualidade não é algo humano, mas algo que tem que ser humanizado”.
Freud fez uma distinção entre a “meta” e o “objeto” da pulsão. Para Freud, quando a sexualidade se instala na puberdade, o adolescente pode não descarregar sua tensão no ato sexual, levando-o a masturbação. Durante a fase de maturação do ser humano, levando em consideração a sexualidade como uma mera meta, para se atingir um prazer, não do objeto, mas sim do sujeito, o mesmo canaliza suas tensões na pornografia, onismo ou prostituição.Frankl refuta essa teoria afirmando ser isso um retardamento psicosexual, onde o individuo não avançou a um grau mais elevado de sua sexualidade, mas sim uma regressão da mesma.

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