INTRODUÇÃO
Na Irian Ocidental, ou Irian Jaya, antiga Nova Guiné Holandesa, habita os sawis. um povo dividido em diversas tribos, num total de quatrocentas. Os sawis tinham uma cultura singular e estranha recheada de costumes bárbaros, dos quais deixariam estarrecidos quaisquer povos do mundo civilizado. Esses aborígines eram implacáveis antropófagos, caçadores de cabeça, e mantinham uma diabólica tradição do culto da traição, o tuwi assonai man, que exaltava como herói de sagas contadas ao redor da fogueira, em celebrações, a história dos guerreiros que de forma maquiavélica e sagaz, conseguiram enganar seus inimigos com falsas cortesias e propostas de paz, cevando seus inimigos com amizade. Depois os matando de forma lenta de cruel, do qual tanto mulheres como crianças participavam festivos dessa tradição bárbara. Em seguida após a morte da vítima, seu corpo era esquartejado e consumido como alimento pelos seus algozes. Um show de selvageria.Diante desse contexto cultural estarrecedor, e geograficamente desafiador por uma selva quente e desconhecida e isolada do mundo civilizado, acredito que mais uma vez Deus fazia uma pergunta da qual a milhares de anos Ele havia feito: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”. Então, um casal de missionários, tocados pela brasa viva do chamado do Senhor, arde com fervor missionário em seus corações, numa convicta e unânime reposta de: “Eis-nos aqui, envia-nos a nós.
DESENVOLVIMENTO
Em meado de 1962, um casal de missionários do Canadá, Don Richardson e sua esposa Carol, com seu pequeno filho Stepheson da RBMU (União Missionária Para Regiões Distantes). Atenderam ao chamado do Senhor, indo morar entre os povos sawis, com o desafio de confrontar o evangelho de paz, salvação e amor, com milênios de violência, crueldade e espiritismo. No início encontraram grande dificuldade de implantar o evangelho dentro de uma cultura completamente controversa aos princípios de cristãos morais e éticos. Como pregar a Cristo numa cultura que provavelmente iria considerar Judas como herói por ser esse um personagem que tem paralelos com a cultura do twi assonai man?. Mas Deus os surpreendeu, mostrando que deixara em cada cultura, uma brecha de abertura para a entrada eficaz de sua mensagem. Durante séculos Deus providenciou e preparou o caminho para que pudéssemos levar com poder e eficácia a sua palavra a todos o povos da Terra. Diante do clima de hostilidade entre as tribos, Don Richardson tenta apaziguar ambas as tribos em clima de confronto. Então o missionário observa um segundo pilar da tradição sawi: o Tarop, “a criança da paz”. Somente dessa forma, poderiam as tribos celebrarem uma paz sincera sem recorrer ao recurso da traição waness. As crianças de ambas as tribos eram trocadas, passando a serem criadas como filhos legítimos pela tribo que a adotou. Enquanto a criança vivesse, a paz subsistiria.Nessa oportunidade de ouro, Don, traça um paralelo com o plano de Deus, de oferecer, a criança da paz, Cristo, seu único Filho, com o intuito de estabelecer a paz com todos os homens que em seu coração aceitarem seu infalível tarop. Também é encontrado no ritual funerário do remon, uma porta de acesso para o evangelho. O remon evocava a necessidade de uma renovação da vida do morto, o que Don explicou ser uma garantia que todo sawi e todo homem da Terra, teria na etapa de sua regeneraçã o espiritual e a alcançaria por fim num novo corpo glorificado pela ressurreição. Cristo além de ser o nosso Tarop, também é nosso Remon.
CONCLUSÃO
Não há barreiras culturais que tornem impossível a pregação do evangelho. Deus deixou seu testemunho em todos os povos, bem como brechas para a penetração do evangelho. Em toda história da humanidade, Deus havia providenciado o caminho de passagem para a entrada triunfal de Cristo em todas as tribos e nações.Temos alguns exemplos bíblicos como Paulo pregando aos atenienses sobre o Deus desconhecido, João Batista pregando o Cordeiro de Deus e João falando aos gregos ser Cristo o Logos.
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